Sítio arqueológico

CNS638.3

Gruta III de Alapraia

A gruta III da necrópole pré-histórica de Alapraia foi identificada em 1934, por Afonso do Paço e Eugénio Jalhay, tendo as primeiras escavações cocorrido apenas em 1942. À data da sua descoberta, este monumento encontrava-se sob várias habitações Trata-se de uma gruta artificial, escavada no maciço calcário, constituída por um corredor de acesso com estrangulamento, integralmente conservado, e uma câmara circular com clarabóia no topo. As escavações da década de 40 incidiram apenas na área da câmara do monumento, tendo sido recolhido um betilo de calcário e um elemento de mó. Em 2006, 2007 e 2008, os trabalhos de investigação dirigidos por Victor S. Gonçalves permitiram identificar na zona do corredor uma área de despejo e uma zona parcialmente conservada de terras não removidas, com materiais arqueológicos. À semelhança do que se verifica com as restantes grutas desta necrópole, o espólio pré-histórico recolhido permite atribuir os primeiros momentos de utilização desta gruta a finais do 4º milénio / inícios do 3º milénio. É de destacar a recolha de cerâmicas campaniformes, um artefacto votivo de calcário, alguns materiais de sílex e pedra polida e um botão de osso. Para além de materiais pré-históricos foram ainda recolhidos artefactos metálicos e moedas atribuíveis à fase tardia da ocupação romana, bem como numerosas cerâmicas dos séculos XV a XVIII.

Pré-história\Calcolítico

Medieval\islâmica; Cronologia inferida a partir da tipologia dos materiais arqueológicos recolhidos no silo escavado no corredor da gruta.

Romana; Cronologia inferida a partir da tipologia dos materiais arqueológicos recolhidos.

Moderna; Cronologia inferida a partir da tipologia dos materiais arqueológicos recolhidos.

Elemento ou ocupação ritual ou religiosa\necrópole

Largo Afonso do Paço; Europa\Portugal\Estremadura\Lisboa e Vale do Tejo\Grande Lisboa\Cascais\União das freguesias de Cascais e Estoril; Alapraia

Classificação\categoria\Interesse Público\imóvel; Decreto nº 34452