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Tipo imóvel:
Sítio arqueológico
Nº imóvel:
CNS4035
Designação:
Villa Romana de Freiria
Descrição:
A existência de vestígios arqueológicos em Freiria foi inicialmente detectada pelo Professor Vergílio Correia, em 1912, quando comunica o achado de uma sepultura romana junto às pedreiras de Freiria. Na década de 80 do século XX, o investigador Guilherme Cardoso, ao procurar a localização da referida sepultura, identifica uma vasta dispersão de achados à superfície do terreno. Em meados da década de 80, as primeiras sondagens arqueológicas, realizadas sob orientação daquele investigador e de José de Encarnação, permitiram identificar vestígios inequívocos de uma villa romana. O sítio arqueológico viria a ser escavado em campanhas sazonais, entre 1985 e 2002, permitindo colocar a descoberto cerca de um terço da villa. O sítio implanta-se numa das encostas do vale de uma pequena linha de água subsidiária da ribeira da Lage, numa área de abundantes recursos hídricos e potencial de exploração agrícola. O primeiro momento de ocupação humana do local deve ter ocorrido na pré-história (neolítico-calcolítico), merecendo referência, entre outros materiais dessa cronologia, a cerâmica com decoração campaniforme. Desde esse momento, encontram-se testemunhos de ocupação ao longo de uma vasta diacronia até época moderna, não sendo a informação disponível neste momento suficiente para saber se a ocupação se fez em continuidade e/ou se e/ou se localizou em áreas específicas consoante as diferentes fases da mesma. O período melhor caracterizado corresponde à época romana, sendo sobretudo referido enquanto tal na bibliografia da especialidade desde 1912. Os trabalhos arqueológicos no local identificaram a pars urbana de uma villa de peristilo, na qual se conservam alguns compartimentos pavimentados com mosaico policromo. À pars urbana encontravam-se associadas as termas do proprietário, com três zonas para banhos de temperaturas distintas (frigidarium, tepidarium e caldarium). Um outro edifício com idênticas funções, mas maior, foi encontrado a sul da uilla. Projetado como segundo complexo termal, nunca foi terminado, tendo posteriormente sido reconvertido em instalações industriais. Quanto ao espaço ligado à produção agrícola (pars fructuaria) é caracterizado por duas grandes estruturas: o celeiro, situado a norte das segundas termas, e o lagar, possivelmente de azeite, a nascente da casa senhorial. Identificaram-se também construções da pars rústica, possivelmente destinadas à habitação dos trabalhadores da villa. Na margem oposta da ribeira, a SE, foi identificada a área de necrópole com sepulturas de cremação, correspondentes à primeira fase de ocupação romana do local, e de inumação, em época tardia. Verificou-se ainda a existência de enterramentos, de indivíduos não adultos, na área edificada da villa, nomeadamente na área do lagar norte, após o abandono da sua utilização.
Cronologia:
Pré-história\Calcolítico

Proto-história\Idade do Ferro

Romana

Antiguidade tardia

Medieval\islâmica

Localizações:
Rua de Freiria (entrada junto ao nº 245); Europa\Portugal\Estremadura\Lisboa e Vale do Tejo\Grande Lisboa\Cascais\São Domingos de Rana; Freiria

Disposições legais:
Classificação\categoria\Interesse Público\imóvel; Decreto n.º 29/90

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